29 anos sem Elis
Não parece, mas no próximo dia 19 de janeiro, completa 29 anos que a maior cantora do Brasil deixou seus fãs órfãos. Dona de uma voz forte e inesquecível, Elis Regina marcou todos os brasileiros com grandes sucessos: Como nossos pais, Fascinação, Atrás da porta, Alô, Alô Marciano, É com esse que eu vou, O bêbado e a equilibrista, Tiro ao álvaro, entre outros.
Pimentinha, apelido que ganhou por seu temperamento forte, nunca parou: iniciou sua carreira aos 14 anos de idade, em sua cidade natal, Porto Alegre, no programa da Rádio Farroupilha intitulado Clube do Guri onde cantou Vida de Bailarina de seu ídolo da época Ângela Maria.
Em 1961, gravou seu primeiro disco, o Viva a Brololândia com apenas 16 anos já no Rio de Janeiro. Daí para frente, Elis não parou mais, foi convidada a participar do programa da TV Rio, Noite de Gala no qual conheceu seu primeiro marido que era diretor da atração: Ronaldo Bôscoli onde se uniram em 1967. No final de 1964, foi convidada a apresentar ao lado de Jair Rodrigues na TV Record, o programa O fino na bossa no qual durou quase três anos e teve um auge de sucesso originando três discos do mesmo nome.
Em 1970, começa uma bem sucedida parceria com César Camargo Mariano, grande músico que casou-se alguns anos depois.
Elis lançou grandes nomes de composições que até então desconhecidos como Milton Nascimento, Gilberto Gil, João Bosco, Aldir Blanc, entre muitos outros.
Elis Regina ao lado de Adoniran Barbosa |
Um grande impacto na manhã de 19 de janeiro de 1982, o Brasil acordava com uma notícia trágica que Elis Regina havia falecido aos 36 anos de idade devido a complicações decorrentes a uma overdose de cocaína, tranqüilizantes e bebida alcoólica. No livro Elis Furacão,escrito por Regina Echeverria e com vários depoimentos de pessoas que viveram com ela, falam que morreu de inocência pois não soube usar drogas. Deixou uma carreira consagrada na música brasileira com 28 álbuns lançados e gravados na memória da maioria dos brasileiros que viveram na época mais feliz da música no país.
Foi sepultada no Cemitério do Morumbi levando um grande número de fãs inconsoláveis para seu velório.
Elis é mãe de João Marcelo Bôscoli, filho do casamento com o músico Ronaldo Bôscoli, e de Pedro Camargo Mariano e Maria Rita, filhos do pianista César Camargo Mariano. Os três enveredaram pelo ramo da música.
Até hoje, 29 anos após sua morte, é considerada a maior intérprete do Brasil por muitos críticos musicais.
Por Murilo Cardoso
Por Murilo Cardoso
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